quinta-feira, dezembro 06, 2007

Mais uma machadada na Madeira

A União Europeia, sob a presidência de Portugal, alterou as regras de tributação do IVA nos serviços electrónicos por Internet.

Até agora, os serviços vendidos pela Internet eram tributados a taxa de IVA do país onde a empresa estava instalada. Este sistema era benéfico para a Madeira e para o Luxemburgo que apresentam as taxas de IVA mais baixas da União Europeia (15%), constituindo um grande factor de atracção de empresas ligadas aos serviços de Internet que, ao instalar-se na Madeira, poderiam vender os seus serviços a preços mais competitivos criando, consequentemente, emprego qualificado na Região no ramo das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação.

Não se compreende é que Portugal, um dos beneficiários do sistema actual, presida as alterações das regras do IVA para os serviços de Internet na União Europeia que passará a ser tributado no país de consumo e não no país de origem como até então era feito.

Estas alterações promovidas pelo nossos já conhecidos Primeiro-ministro José Sócrates e seu Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, resultará em grandes perdas anuais de receita do IVA para a Madeira assim como na possível deslocalização de empresas do ramo da Internet que se encontram a laborar no Centro Internacional de Negócios da Madeira e o consequente desemprego.

Mais uma vez a Madeira e o País saem prejudicados pelos actos destes dois senhores que governam Portugal!

3 comentários:

Anônimo disse...

Teixeira dos Santos ainda tenta minimizar o impacto que as novas regras na tributação do IVA nos serviços electronicos por Internet terão na RAM...
Estejamos atentos porque apesar desta medida só se implementar em 2019 por completo iremos sentir gradualmente as desvantagens... Nós (Madeira) e o Luxemburgo!!!

Anônimo disse...

Esta é uma medida bastante prejudicial para a Madeira. Se calhar era uma medida inevitável, mais tarde ou mais cedo a União Europeia iria alterar as regras. O que não se consegue (ou se calhar até se consegue) perceber é ter sido Portugal a promover estas alterações.

Nós moramos numa ilha em que os custos da ultraperiferia são muito prejudiciais ao nosso desenvolvimento. Mas, essas barreiras são praticamente inexistentes quando falamos nas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC). Neste ramo, não existem custos de transportes e temos o mundo inteiro para vender os nossos serviços. As NTIC é uma actividade muito recente, ainda está mos no início e está tudo por descubrir. Esta é uma oportunidade que a Madeira tem que agarrar.

Para a Yahoo tanto faz estar no centro de Londres como na Madeira. Os custos da ultraperiferia são insignificantes nos serviços electrónicos. O que é importante é que exista massa crítica, que os Madeirenses estejam preparados para trabalharem nestas áreas.

A formação é fundamental!
A qualificação dos recursos humanos é indispensável!

Neste contexto a Universidade da Madeira assume um papel fulcral na formação dos Madeirenses nas áreas das NTIC. Mas não é esta a Universidade que temos. É preciso mudar a UMA!

Na atracção de empresas nas áreas das TICs é fundamental o instrumento fiscal.
O baixo nível de IVA da Madeira tem sido o instrumento utilizado para atrair estas empresas. O futuro terá de passar por taxas reduzidas de IRC e com recursos humanos qualificados que possam trabalhar nos novos serviços de Informação e Comunicação.

Neste contexto, nós jovens temos um papel importante a dizer no futuro da Madeira.

Os computadores, a Internet as ideias é aquilo que nós sabemos fazer de melhor...
O que precisamos, se calhar, é de mais formação e de que alguém nos ensine a ser empreendedores é de correr riscos e criarmos as nossas empresas.

Foi com muito agrado que ontem assisti a entrega dos prémios de empreendedorismo do CEIM. Os projectos premiados eram na sua maioria de empresas ligadas ao ramo da TICs. Empresas que já vendiam os seus serviços para o estrangeiro. Empresas formadas por Madeirenses.

É este o caminho, é este o futuro, é um caminho difícil, é um caminho cheio de obstáculos.
Temos uma fraquíssima qualificação dos recursos humanos, formar pessoas leva o seu tempo.
É um caminho demorado, mas se todos remarmos no mesmo sentido, de certeza que haveremos de conseguir!

António Trindade disse...

Já nada nos admira é um espectáculo as atrocidades feitas às regiões e acima de tudo à Madeira por este governo!
Disparam em todas as frentes para dificultar o desenvolvimento da Madeira.
Este governo não sabe o que é democracia e sentido de estado só entenderá quando estiver na oposição.