segunda-feira, maio 12, 2008

“Alheamento da política” leva alguns jovens a Belém

No dia 25 de Abril, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, apresentou um estudo que considerou preocupante sobre o «envolvimento as atitudes e comportamentos dos jovens em relação à política». Na sequência desse estudo, Cavaco Silva decidiu então promover esta segunda feira um encontro debate com cerca de três dezenas de jovens para debater este problema.

Cavaco Silva pretende, com este encontro, conhecer o que pensam alguns líderes juvenis de organizações partidárias, académicas, de voluntariado, sindicais, empresariais, entre outras, sobre a «realidade do afastamento dos jovens em relação à vida política», pedindo também opiniões sobre o «que pode ser feito para inverter a situação».

Nesse sentido, Cavaco Silva advertiu hoje que o actual «alheamento da juventude é mais grave que o das gerações mais velhas» e pediu uma «reflexão séria e serena» do problema, frisando que o contributo dos convidados «é da maior importância».

Por seu turno, o líder da JSD, Pedro Rodrigues, recusou, esta segunda-feira, a interpretação do Presidente da República, segundo a qual os jovens têm vindo a distanciar-se da política, para defender que são, sim, os políticos que se têm distanciado dos jovens.

É verdade que gostaríamos de maior intervenção e participação não só dos nossos jovens mas da sociedade civil no geral. Mas felizmente, na Madeira, podemos afirmar e ver muitos dos nossos jovens, a participar activamente. Basta olharmos para o número de jovens que estão nos movimentos, associações, no voluntariado, que às mais variadas áreas, social, cultural, ambiental, desportiva, vão dando o seu contributo nos vários Concelhos da Região.

Também ao nível da sua participação política. Na JSD – Madeira, temos tido muitos jovens que também voluntariamente têm participado de forma bastante dinâmica. Somos uma estrutura de juventude preocupada em resolver, não só, os problemas que afectam os jovens Madeirenses, mas a sociedade em geral, apresentando ideias e soluções que têm sido muitas vezes bem acatadas pelos nossos governantes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Este alheamento dos jovens da política como direito de participação cívica é realmente de lamentar, mas não basta constatar o problema. É preciso procurar as causas e encontrar soluções. Uma das razões pelas quais os jovens não se interessam pela política deve-se à imagem de descrédito que alguns polítcos ou, melhor, pseudo-políticos fazem passar para fora.
Ora bem, um jovem ou um cidadão não vai acreditar num político que nunca mostrou credibilidade nem competência durante todo o seu percurso. Aquele que promete e não cumpre e que fala mas não escuta não merece atenção nem respeito.
Outro dos problemas associados à classe é que, infelizmente, todos pensam que podem ser políticos. Não pode ser assim! Não é por ter um cargo político que faz de alguém político. Ser político pressupõe ter responsabilidade, competência, oratória, ideias, projectos, soluções, propostas, dignidade e solidariedade para com o outro. Infelizmente há deles que apenas pensam que a ambição e ganância é mais que suficiente. Assim não chegamos a lado nenhum. E cabe a nós jovens lutar contra esta descida de nível na política regional e nacional. A Madeira merece mais e melhor!!

Anônimo disse...

A nossa estrutura de juventude é a prova que os jovens não estão alheados da política. É preciso é que os políticos deem ouvidos às nossas propostas que nós estaremos sempre prontos a participar.

A imagem que os políticos deixam é que afastam os jovens da política... as guerras de interesses, os conflitos pessoais deturparam a função verdadeira e nobre dos políticos.